domingo, 31 de maio de 2009

Cigarro: Um vilão para os nutrientes!



Por Juliane Ferreira

Em comemoração ao dia mundial sem tabaco, que se realiza hoje dia 31 de maio, falaremos daquele que pode trazer muitor prejuízos a nossa saúde: o cigarro! Inúmeras são as doenças associadas ao uso do tabaco devido às várias substâncias cancerígenas encontradas neste, entre elas, a nicotina.

A nicotina compete com os nutrientes vindos dos alimentos na absorção celular. Ou seja, entra no lugar destes, o que faz com que eles não sejam aproveitados da maneira que deveriam. Isso acontece principalmente com as vitaminas e os minerais. É por essa possível falha na absorção que os fumantes devem ter um cuidado especial com a alimentação. Aumentar o consumo de frutas, legumes, vegetais folhosos e oleaginosas, como nozes, castanhas e avelãs, é um bom caminho para tentar compensar o prejuízo que a nicotina traz à absorção dos nutrientes. A melhor opção seria parar de fumar, o que traria um grande benefício para a saúde como um todo.

Falando nisso, parar de fumar realmente engorda? Essa é uma dúvida freqüente daqueles que pensam em largar o vício e muitas vezes, resistem devido a este fato. Infelizmente, é verdade. As pessoas que abandonam o cigarro têm uma certa tendência a aumentar seu peso corporal. Isso porque a nicotina aumenta o dispêndio energético, ou seja, os fumantes gastam cerca de 10% mais energia em confronto com aqueles que não fumam, além de ter influência no metabolismo das gorduras. Outros fatores estão também associados a esse ganho de peso, principalmente aqueles efeitos iniciais relacionados à abstinência, como insônia e ansiedade. E também a melhora do olfato e do paladar que já degusta melhor os alimentos. Porém esse aumento de peso é de no máximo 10% a mais que o peso inicial, sendo mais comum o ganho de 1 a 2 quilos após o abandono do vício e estes quilos a mais geralmente são perdidos em alguns meses.

No entanto os quilos a menos dos fumantes não é grande vantagem. Pesquisas revelaram que, embora os fumantes tenham em geral um peso menor que os não fumantes, eles têm má distribuição de gordura, sobretudo na região pélvica, prejudicando a conformação corporal principalmente nas mulheres. Além disso, um outro estudo provou que nos fumantes o menor peso não impede a elevação da pressão arterial e do colesterol no sangue, que ficam acima daqueles que deixaram de fumar, independente da evolução de peso destes. Um outro fato constatado é que a mortalidade em fumantes magros foi mais elevada em comparação aos não fumantes, tanto nos magros como nos gordos, uma vez que os primeiros foram vitimados pelas doenças tabaco-relacionadas.

Mesmo com tantas evidências, este ganho de peso pode influenciar as recaídas, mas nada que a dupla imbatível dieta balanceada-exercícios físicos não possa resolver. Aumentar o consumo de frutas e hortaliças, evitar o consumo excessivo de doces, frituras e gorduras, beber bastante água, preferir carnes magras, fazer uma dieta fracionada, comendo de quatro a seis vezes ao dia. Esses são passos que, aliados a pelo menos trinta minutos de atividade física diários, auxiliam na manutenção do peso e no sucesso do tratamento.


E quais são os benefícios de parar de fumar?

Após 20 minutos a pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal.
Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue do fumante.
Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza.
De 12 a 24 horas após o último cigarro, os pulmões já funcionam melhor.
Após 2 dias, o olfato já percebe melhor o cheiro e o paladar já está mais sensível.
Após 3 semanas, a respiração se torna mais fácil e a circulação melhora.
Após 1 ano, o risco de morte por infarto já foi reduzido pela metade.
De 5 a 10 anos depois de parar de fumar, o risco de infarto será igual ao de pessoas que nunca fumaram.


Referências

Rosemberg, José. Nicotina Universal.1997. Disponível em: URL < http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/nicotina.pdf>, acesso em 29 de abril de 2009.


Instituto nacional do câncer. Programa de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer. Disponível em URL: http://www.inca.gov.br/tabagismo, acesso em 29 de abril de 2009


Ministério da saúde. Biblioteca virtual em saúde. Disponível em URL http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/136tabagismo.html, acesso em 30 de abril de 2009.

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