A comercialização e
consumo de alimentos transgênicos têm sido assunto de destaque recorrente. Isso
se deve a grande presença desses produtos nas prateleiras dos supermercados,
mas também aos riscos ainda desconhecidos para o meio ambiente e a saúde
humana.
Os organismos
geneticamente modificados (OGM), também conhecidos como transgênicos, são
plantas com material genético modificado pela introdução de um ou mais genes
(que podem ser de animais, micro-organismos ou outras plantas) para conferir
características positivas a essas plantas, de forma a aumentar a produtividade
e diminuir o custo de produção.
O cultivo de
transgênicos iniciou no Brasil de forma ilegal no fim da década de 1990, com o
cultivo de soja contrabandeada da Argentina, onde já era bastante produzida.
Atualmente, os produtos transgênicos mais cultivados no país são soja, milho,
canola e algodão, chegando a percentuais de 92,4% de toda a produção de soja
ser da planta geneticamente modificada.
Sendo assim, em
2003, quando o plantio e comercialização da soja transgênica foram liberados no
Brasil, começou a surgir uma discussão a respeito do direito à informação dos
consumidores sobre a presença de OGM nos alimentos disponíveis para os mesmos,
de forma que o direito de escolha consciente pudesse ser exercido. Com isso,
surgem o Decreto 4.680 de 2003 (que determina a presença dessa informação nos
rótulos de produtos transgênicos) e o símbolo do transgênico a ser impresso na
embalagem.
Entretanto, o Projeto de Lei 4.148 de 2008, que prevê a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos independente da quantidade, voltou à pauta na Câmara dos Deputados recentemente e foi aprovado nesta terça-feira (28), mas ainda deve ser votada pelo Senado. Essa aprovação pode minar o direito de todo consumidor de saber o que está comendo. Isso quer teremos o risco de comprar alimentos como óleos, bolachas, papinhas de bebê e enlatados sem saber se esses alimentos são seguros.
Portanto,
diversas campanhas têm sido fomentadas na internet contra a aprovação desse
projeto a fim de mobilizar a população na luta pela rotulagem dos produtos que
contenham transgênicos.
É importante
lembrar que, apesar desses produtos serem liberados para cultivo e
comercialização no país, pouco se sabe sobre seus efeitos e potenciais
malefícios!
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