domingo, 1 de maio de 2016

Dia mundial da Saúde e Diabetes.





        No último dia 07 de abril, foi comemorado o Dia mundial da saúde. Essa data foi criada com o objetivo de conscientização da população em relação aos vários aspectos que envolvem a saúde. Todos os anos, diferentes tipos de campanhas são realizadas com temas diretamente ligados à saúde, os quais a Organização Mundial da Saúde ache importante focar na agenda. Os assuntos debatidos durante o Dia Mundial da Saúde são levados em consideração durante o ano inteiro, por meio de diferentes atividades promovidas pelas organizações ligadas a instituição. 

        No ano de 2016, o tema é: Diabetes. Em Brasília, a Organização Pan-Americana de saúde, juntamente com a OMS (OPAS/OMS) organizaram um evento, em que houve a apresentação do primeiro relatório global sobre a doença. Na ocasião, alguns dados importantes foram mostrados e assim, o alerta sobre a gravidade da doença pode ser visto. 

        É possível ter acesso ao relatório (na versão inglês) clicando aqui. Mas caso não saiba inglês, o CASA esteve no evento e trará algumas informações pra vocês.

        Primeiro, é preciso entender um pouco sobre a doença. Existem três tipos de diabetes, o tipo 1, o tipo 2 e o diabetes gestacional. Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca errôneamente as células beta do pâncreas, essas células são responsáveis pela liberação de insulina, um hormônio regulador da glicose sanguínea. Então, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo, fazendo com que a glicose permaneça no sangue. Essa característica é vista na diabetes tipo 1. O tratamento para essa variedade se faz com insulina, algumas classes de medicamentos, mudança alimentar e atividade física. 

        A Diabetes tipo 2, por sua vez, ocorre quando o organismo produz a insulina, porém não consegue usá-la adequadamente, ou então não a produz em quantidades suficientes para que ela cumpra o seu papel de controle da glicemia. Essa variedade atinge cerca de 90% dos portadores de diabetes e, dependendo da gravidade, sérios riscos a saúde são vistos, como: doença cardíaca e enfarte, lesões renais, oculares e neurológicas, problemas nos pés, doenças odontológicas e disfunção sexual. 

        Já a diabetes gestacional se dá devido a mudanças hormonais que ocorrem no organismo da mulher, reduzindo a eficácia da insulina. Assim, o pâncreas aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. 

        Diante dessas informações, a publicação da OMS alerta sobre o avanço dessa doença. De acordo com a publicação, uma em cada doze pessoas – 62 milhões – vive com diabetes nas Américas. Os dados são tão alarmantes, que se estima que, em 2040 cerca de 110 milhões de pessoas terão diabetes, caso nenhuma atitude seja tomada. 

        No contexto global, o número de portadores dessa doença quadriplicou desde o ano de 1980, alcançando um total de 422 milhões de pessoas (em 2014), especialmente em países em desenvolvimento. É muita gente, não é mesmo?

        O relatório sugere que o aumento da diabetes pode ser minimizado por meio de uma combinação de políticas fiscais, legislações, mudanças no meio ambiente e conscientização das pessoas para a necessidade de modificar os fatores de risco para a doença.

        Na ocasião, Joaquim Molina, representante da OPAS/OMS no Brasil, afirmou: “A OPAS/OMS pede aos governos e Estados dos países que garantam o acesso a medicamentos e tecnologias essenciais para a diabetes, mesmo que ainda inadequado em países de renda média e baixa, onde muitas das pessoas com diabetes vivem. No caso do Brasil, essa garantia de acesso ao atendimento da saúde é explícita através do SUS para todos seus cidadãos, e está funcionando”

        Na data do evento, o Ministério da Saúde brasileiro apresentou dados retirados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2015, que mostra alguns dados relacionados a alimentação. O Vigitel monitora fatores de risco para doenças crônicas, atualmente responsáveis por 72% dos óbitos no país. Foram entrevistados por telefone 54 mil adultos (18 anos ou mais) que vivem nas capitais brasileiras.

        De acordo com a pesquisa, um em cada cinco brasileiros consome doces em excesso, cinco vezes ou mais na semana. Os jovens comandam esse hábito, com 28,5% da população de 18 a 24 anos que possui alimentação com excesso de açúcar. Nessa faixa etária, 30% também costumam beber refrigerantes diariamente.

        A luta contra a doença é necessária e a Nutrição tem um papel fundamental para evitarmos o seu avanço. Não nos devemos esquecer que a alimentação equilibrada e segura microbiologicamente deve ser um fator essencial em nossas vidas, e que nossa qualidade de vida deve ser colocada como prioridade. É preciso entender que a saúde é um bem valioso que devemos cuidar, para que os dados apresentados nesse evento se revertam nos próximos anos. O CASA espera que consigamos gerações futuras mais saudáveis e mais empoderadas de conhecimento sobre alimentação, saúde e bem estar. Cuide de você !